
Dos 2.930 integrantes das Forças Armadas cedidos aos Três Poderes, 92,6% estão em postos abertos no governo Jair Bolsonaro e 7,2%, no Judiciário. Só 1 trabalha no Congresso (0,03%).
Em fevereiro deste ano, eram 680 no governo. Caiu para 500 (-26,47%). Segundo apurou o site Poder 360, a orientação da Marinha é que o pessoal exerça funções ligadas à atividade-fim. Cargos no Executivo, só de natureza militar.
No Executivo, 480 militares da Aeronáutica estão lotados no Ministério da Defesa, chefiado pelo general Azevedo e Silva. Na pasta ainda há 395 integrantes da Marinha e outros 367 do Exército. No GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a grande maioria (904) é do Exército. Outros 139 são da Aeronáutica e 395, da Marinha. Nos demais cargos da Esplanada, como Ministério da Saúde, por exemplo, há outros 332 militares.
O número de militares que integram a equipe de Bolsonaro vem crescendo desde sua posse, em janeiro de 2019. Em 22 de maio deste ano, em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente disse que o rol de militares na pasta ainda vai crescer. “Está dando certo, está mudando muita gente lá. ‘Ah, está enchendo de militar’. Vai botar mais militares, sim. Com civis não deu certo. E ponto final.”
Pesquisa mostra que os brasileiros estão divididos sobre a participação dos militares no governo Bolsonaro: 37% acham que isso é bom para o Brasil e 37% acham que é ruim. O levantamento também aponta que 29% dos brasileiros confiam totalmente na atuação das Forças Armadas. Outros 35% dizem confiar mais ou menos e 18% confiam pouco –ou seja, 50% afirmam ter alguma desconfiança. Outros 14% afirmaram não confiar nos militares. Dos 23 ministros, 10 têm formação militar.